Essa poderia ser considerada a pior derrota do partido desde que chegou ao poder em 1994, com Nelson Mandela como líder emblemático. A necessidade de buscar alianças para se manter no poder é uma realidade que o ANC está enfrentando pela primeira vez em muitos anos.
Após o anúncio dos resultados finais, o órgão de decisão do partido determinará o caminho a seguir. O ANC já vinha mantendo conversas com outras legendas antes das eleições, visando possíveis alianças. A oposição, representada pela Aliança Democrática (DA), ficou em segundo lugar, com 21,71% dos votos, seguida pelo partido Umkhonto We Sizwe (MK), recentemente criado por Jacob Zuma, ex-presidente do ANC, que surpreendeu ao obter 12,6% dos votos.
As opções para o ANC são desafiadoras. Uma possível aliança com a DA, que tem ideais opostos, pode enfrentar resistência interna. Outras alternativas, como a colaboração com a EFF ou MK, também apresentam obstáculos. O partido precisa lidar com as demandas de seus eleitores, descontentes com a falta de cumprimento de promessas de educação, moradia e serviços básicos.
A crise política na África do Sul reflete o aumento da criminalidade, pobreza e desigualdade no país. O envolvimento em casos de corrupção também contribuiu para minar a confiança no ANC. A incerteza sobre o futuro político do país paira no ar, enquanto os líderes buscam soluções para manter a estabilidade e a governabilidade.