A Parada do Orgulho de Seul, que este ano completa 25 anos, é uma das maiores da Ásia. No entanto, pelo segundo ano consecutivo, as autoridades locais impediram a realização do desfile no Seoul Plaza, em frente à Câmara Municipal, alegando problemas de agendamento. Mesmo com a proibição, o centro da cidade estava repleto de pessoas vestidas com fantasias e maquiagem com as cores do arco-íris, demonstrando sua representatividade.
Ainda que o prefeito conservador de Seul, Oh Se-hoon, tenha afirmado pessoalmente seu desacordo com a homossexualidade, muitos participantes expressaram que a proibição das autoridades não diminuiu o orgulho sentido pela comunidade LGBTQIAP+. Uma participante chamada Na Joo-youn disse à AFP que ser abertamente queer pode ser desafiador, mas que ela está disposta a lutar pelo que acredita.
As manifestações em prol dos direitos LGBTQIAP+ frequentemente enfrentam resistência de grupos cristãos evangélicos, que já atiraram garrafas de água e ofenderam manifestantes no passado. Com quase um quarto da população sul-coreana se identificando como cristã, as igrejas exercem uma influência política significativa, o que torna a luta por direitos ainda mais desafiadora.
Segundo Hyeonju, um dos organizadores do evento, os direitos das minorias sexuais na sociedade sul-coreana estão retrocedendo em vez de avançar para atender aos padrões globais. Mesmo diante das adversidades, a comunidade LGBTQIA+ de Seul demonstrou sua força e determinação ao celebrar o Dia do Orgulho e reivindicar por igualdade e respeito.