Ministro do STF mantém prisão de suspeitos de ameaçar sua família e se declara impedido de julgar caso de tentativa de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi palco de uma decisão importante neste sábado (1º), quando o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva de dois indivíduos suspeitos de ameaçar a integridade física de sua família. No entanto, o ministro se declarou impedido de julgá-los especificamente em relação a essas ameaças, mantendo o sigilo das investigações sobre o caso.

Moraes justificou a manutenção das prisões argumentando que os autos apontam a prática de atos que visam restringir o exercício livre da função judiciária, principalmente em relação à apuração dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para ele, a manutenção das prisões preventivas é uma medida razoável e proporcional para garantir a ordem pública e cessar a prática criminosa reiterada.

O ministro também manteve a relatoria sobre a parte do inquérito que indica a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e a restrição do exercício dos poderes constitucionais, que foram os motivos das prisões dos suspeitos. No entanto, Moraes se declarou impedido de julgar os crimes de ameaça e perseguição, que teriam sua família como alvo, alegando conflito de interesses por ser parte interessada no caso.

Ao manter a prisão dos suspeitos, Moraes levou em consideração o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou o conteúdo das mensagens trocadas pelos acusados, fazendo referência a termos como “comunismo” e “antipatriotismo”. A PGR destacou que as comunicações entre os suspeitos evidenciam o intuito de restringir o livre exercício da função judiciária pelo ministro do STF à frente das investigações relacionadas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Essa decisão de Alexandre de Moraes reflete a importância de proteger a independência do Poder Judiciário e garantir a segurança dos magistrados no exercício de suas funções, demonstrando a firmeza do ministro em lidar com ameaças à democracia e ao Estado de Direito.

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