O monitoramento em tempo real do nível do Rio Guaíba tem sido fundamental para que medidas preventivas possam ser adotadas a tempo de evitar tragédias. O uso de lasers na régua instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, tem facilitado a compilação e divulgação dos dados, resultando em uma melhor gestão da situação.
Moradores que estavam desalojados devido às enchentes já começam a voltar para suas casas e comércios, em bairros como Humaitá e Vila Farrapos, onde a água causou estragos e obrigou muitas famílias a deixarem suas residências por mais de 25 dias.
A mudança na cota de inundação, feita pelo governo do estado na última terça-feira (28), reflete a nova realidade das medições feitas em uma régua mais ao sul do Cais Mauá. Isso evidencia a importância de se manter atualizados os instrumentos de medição para garantir a segurança da população diante de eventos climáticos extremos.
As chuvas intensas que começaram em abril e avançaram pela região norte do estado causaram estragos ao longo de vários rios, como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí, desaguando no Rio Guaíba e resultando em um dos maiores desastres naturais da história do Rio Grande do Sul.
Com mais de 77 mil resgates realizados e mais de 2,3 milhões de pessoas afetadas pelas enchentes, o estado agora enfrenta o desafio da reconstrução e da assistência às vítimas, que contabilizam 171 mortos, 806 feridos e 43 desaparecidos. A solidariedade e a união de esforços são fundamentais para superar esse momento de crise e trazer esperança para aqueles que perderam tudo.