No auge da enchente, quando o nível das águas atingiu 5,33 metros em 6 de maio, apenas 17% das casas de bombas estavam em operação, e 19 tiveram que ser desligadas por falta de energia elétrica ou inundação. No entanto, com a retomada das Ebaps e o auxílio de seis bombas de alta capacidade emprestadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a situação está melhorando.
As bombas da Sabesp têm a capacidade de drenar 7,2 milhões de litros por hora e estão distribuídas em diferentes pontos estratégicos da cidade, como no bairro Sarandi, Humaitá e na área do Aeroporto Salgado Filho. Além disso, sete bombas-trator também estão auxiliando no escoamento da água do terminal aéreo.
O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), Mauricio Loss, prevê que com os equipamentos em operação e o nível do Guaíba baixando, em poucos dias a capital gaúcha terá as águas totalmente drenadas. No sábado (1º), o nível do Guaíba em Porto Alegre ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, marcando 3,55 metros, cinco centímetros a menos que o patamar de transbordamento.
Além disso, a prefeitura informou que cinco das seis estações de tratamento de água da cidade estão em operação, com capacidade média de 85% para tratamento. No entanto, a alta turbidez da água captada do Guaíba tem dificultado o processo, demandando tratamento mais complexo. A Estação de Tratamento de Água (ETA) das Ilhas, que foi destruída pela cheia do Guaíba, vem sendo suprida com caminhões-pipa.
Outra ação importante tem sido a limpeza pós-enchente realizada em 19 locais da cidade neste sábado, com a atuação de cerca de 800 garis e mais de 250 equipamentos para retirar resíduos das ruas. Desde o início dos trabalhos, mais de 23 mil toneladas de resíduos, como móveis e eletrodomésticos danificados, foram removidas das áreas afetadas pela enchente. A prefeitura tem se empenhado em normalizar a situação e garantir a qualidade da água e a limpeza da região atingida.