Essa será a continuação de um mandato de cinco anos, no qual Bukele obteve uma vitória esmagadora nas eleições de fevereiro, com históricos 85% dos votos, além de quase todo o controle do Congresso, com 54 dos 60 assentos.
Famoso por sua presença nas redes sociais, onde costuma ironizar quem o chama de “ditador”, Bukele conta com o apoio dos poderes do Estado, incluindo magistrados que permitiram sua busca pela reeleição, mesmo sendo proibido pela Constituição vigente.
Além disso, recentemente os deputados aprovaram uma reforma que lhe confere poderes ainda mais amplos, possibilitando mudanças constitucionais que incluem a reeleição indefinida, segundo análises.
Segundo especialistas, Bukele tem avançado de forma alarmante na eliminação de pesos e contrapesos essenciais para a democracia, o que levou a sua reeleição e a um cenário que sugere a continuação de medidas autoritárias.
O presidente, que enfrenta o desafio de manter a segurança em um país marcado pela violência, afirma ter eliminado as gangues que assolavam El Salvador. No entanto, organizações de direitos humanos denunciam mortes, tortura e detenções arbitrárias sob o estado de exceção que vigora desde março de 2022. A população injustamente detida arca com o custo da segurança, segundo a Comissão dos Direitos Humanos.
Após lidar com a questão das gangues, Bukele poderá enfrentar novos desafios relacionados à economia do país. Com uma dívida pública de 30 bilhões de dólares e 29% da população vivendo na pobreza, a situação econômica de El Salvador é um ponto sensível.
Apesar de medidas para tentar revitalizar a economia, como tornar o bitcoin moeda legal no país, Bukele é criticado por não prestar contas de gastos milionários em projetos midiáticos e no setor de comunicações.
O presidente argentino, Javier Milei, e outros líderes mundiais estarão presentes na posse de Bukele, enquanto a população salvadorenha aguarda melhorias na segurança e na economia, que possam proporcionar uma vida melhor para todos os cidadãos.
