O módulo de pouso da sonda escolheu uma enorme cratera conhecida como ‘Bacia Aitken’ no polo sul lunar para realizar suas operações. Este é o segundo módulo do programa Chang’e projetado para trazer amostras, seguindo os passos do Chang’e 5, que já havia realizado essa tarefa no lado próximo da Lua em 2020.
Utilizando um braço mecânico e uma broca, o módulo de pouso tem a capacidade de coletar até 2 kg de material da superfície e do subsolo lunar ao longo de aproximadamente dois dias. Um dispositivo no topo do módulo de pouso transportará as amostras em um recipiente de metal hermeticamente fechado para outro módulo de pouso orbitando a Lua. Este contêiner será posteriormente transferido para uma cápsula que retornará à Terra, com previsão de chegada nos desertos da região da Mongólia por volta de 25 de junho.
A missão para o lado oculto da Lua apresenta desafios adicionais devido à falta de orientação direta da Terra, exigindo um satélite retransmissor para manter as comunicações. Além disso, o terreno acidentado e a escassez de áreas planas para o pouso tornam esta empreitada ainda mais complexa.
O programa de exploração lunar Chang’e faz parte de uma competição crescente entre potências espaciais como os Estados Unidos, Japão e Índia. A China, que já possui sua própria estação espacial em órbita, mantém um ritmo constante de envio de tripulações ao espaço como parte de sua estratégia de exploração espacial.
Portanto, o sucesso do pouso da Chang’e-6 no lado oculto da Lua representa mais um avanço significativo na missão espacial chinesa e uma contribuição valiosa para a compreensão e exploração do nosso satélite natural.
