Claudia Sheinbaum é eleita a primeira presidente do México com 59,5% dos votos em contagem preliminar oficial.

A cientista Claudia Sheinbaum, ex-prefeita da Cidade do México, foi eleita a primeira presidente mulher do México, com uma margem de 30 pontos percentuais sobre a segunda colocada, Xóchitl Gálvez. As eleições presidenciais foram consideradas as maiores da história do país, com aproximadamente 98 milhões de eleitores comparecendo às urnas.

A consagração da vitória de uma mulher não surpreendeu, já que Sheinbaum e Gálvez estavam liderando as pesquisas desde o início da campanha. No entanto, a campanha eleitoral foi marcada por uma série de incidentes de violência política, com mais de 30 candidatos assassinados ao longo do período eleitoral. O pleito também viu um número significativo de incidentes de violência ligados ao roubo de material eleitoral, resultando em mais de 200 mortes.

Além disso, a questão da segurança pública assumiu destaque durante a campanha, com o México enfrentando uma crise generalizada neste sentido. A militarização para combater o crime organizado contribuiu para uma situação de insegurança, principalmente para as mulheres, que enfrentam altos índices de desaparecimentos e feminicídios.

A vencedora das eleições terá como desafio manter os programas sociais em meio a um déficit fiscal crescente e um crescimento econômico limitado nos últimos anos. Além disso, o relacionamento com os Estados Unidos, principal parceiro comercial do México, pode se tornar ainda mais tenso, especialmente se Donald Trump retornar ao poder.

Em meio a todos esses desafios, a vitória histórica de Claudia Sheinbaum é um marco para o México e para a luta das mulheres na política. Agora, resta aguardar para ver como a primeira presidente mulher do país enfrentará os obstáculos que se apresentam em seu caminho rumo à liderança da nação.

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