Durante a videoconferência com os investigadores do caso, o ex-delegado afirmou categoricamente que não tinha nenhum tipo de relação pessoal, profissional, política, religiosa ou de lazer com Chiquinho Brazão e Domingos Brazão. Ele também negou veementemente ter sido solicitado a interferir nas investigações relacionadas ao assassinato de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.
Barbosa explicou que conheceu Marielle através do ex-deputado Marcelo Freixo, com quem ela trabalhou como assessora. Segundo ele, os contatos com a vereadora eram restritos a situações ligadas ao trabalho que Freixo e Marielle realizavam na comissão de direitos humanos da Alerj. O ex-chefe da Polícia Civil ressaltou que sua relação com Marielle era boa e que ocasionalmente trocavam mensagens pelo aplicativo de mensagens Whatsapp.
Além de Barbosa, outros membros da família Brazão, como o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão, foram presos por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Os três foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por homicídio e organização criminosa.
O depoimento de Rivaldo Barbosa só foi autorizado após ele ter feito um pedido escrito à mão para ser ouvido pela Polícia Federal. Neste pedido, ele implorou por uma oportunidade de se explicar, alegando que era inocente e que desejava esclarecer todos os fatos relacionados ao caso. A defesa de Barbosa espera que seu depoimento ajude a esclarecer sua situação e provar sua inocência em relação ao assassinato de Marielle Franco.