Essa decisão ocorre após a União Europeia ter estabelecido regras em março para regular o uso de inteligência artificial, proibindo o reconhecimento facial em tempo real em espaços públicos, mas permitindo algumas restrições para autoridades. Em dezembro, o governo sueco já havia iniciado uma investigação sobre a ampliação dos poderes das forças de segurança para utilizar câmeras de vigilância, incluindo o emprego dessa tecnologia de reconhecimento.
Durante uma coletiva de imprensa, o ministro da Justiça, Gunnar Strommer, explicou que a consulta realizada fornecerá as informações necessárias para avançar consideravelmente no uso de câmeras para o combate ao crime. De acordo com Kazimir Aberg, que contribuiu com a investigação, o reconhecimento facial em tempo real em locais públicos deveria ser permitido com o propósito de combater a criminalidade, dentro dos limites estabelecidos pelo regulamento da UE sobre a IA.
As propostas da União Europeia também abrangem a busca por desaparecidos, possíveis vítimas de tráfico humano e a prevenção de ameaças iminentes, como ataques terroristas. Aberg ressaltou que a tecnologia só deve ser utilizada para crimes que resultem em penas de pelo menos quatro anos de prisão, com autorização prévia de uma autoridade judicial e para investigações específicas, não preventivas.
O governo sueco acolheu favoravelmente a proposta e está finalizando os detalhes do plano. Apesar disso, ainda não foram apresentadas informações sobre a implementação dessa medida. Essa decisão visa equilibrar as preocupações com a integridade e a eficácia no combate ao crime, conforme destacou Strommer durante a coletiva.