A juíza Paulina Moya, atendendo a uma solicitação do Ministério Público, argumentou que a liberdade de Jadue representaria um perigo para a segurança da sociedade. O ex-candidato, por sua vez, manifestou sua indignação nas redes sociais, afirmando que está sendo julgado por sua gestão transformadora e que irá recorrer da decisão por considerá-la desproporcional. Sua defesa alega que o caso se trata de uma perseguição política.
Apesar de fazer parte do governo, Jadue é um crítico ferrenho do presidente Gabriel Boric, que o derrotou em uma eleição primária realizada em julho de 2021. O Foro de São Paulo, um espaço que reúne partidos de esquerda da região, expressou seu apoio a Jadue, argumentando que a guerra judicial é uma prática que visa punir projetos emancipadores e que buscam transformar o neoliberalismo que oprime os povos.
A prisão de Daniel Jadue coloca em evidência mais um caso de corrupção que assola a política chilena e reforça a necessidade de investigações e punições para acabar com a impunidade e garantir a transparência e a ética no exercício do poder. A sociedade chilena aguarda por mais desdobramentos desse caso e por respostas claras sobre as acusações contra uma figura política tão importante no cenário nacional.