O ‘El Niño’ 2023/24, que contribuiu para um aumento das temperaturas globais e condições meteorológicas extremas ao redor do mundo, está se encaminhando para o fim, indicando a transição para ‘La Niña’. Esse fenômeno, que consiste no resfriamento das temperaturas da superfície dos oceanos no Pacífico equatorial, traz impactos climáticos opostos aos do ‘El Niño’.
Segundo a OMM, o risco de ressurgimento do ‘El Niño’ é insignificante no momento, o que aumenta a expectativa de um retorno às condições de ‘La Niña’. Esse fenômeno, apesar de ser natural, acontece em um contexto de mudanças climáticas causadas pelo homem, o que eleva as temperaturas globais e torna as condições meteorológicas mais extremas.
A vice-secretária-geral da OMM, Ko Barrett, alerta que o fim do ‘El Niño’ não significa uma pausa na mudança climática a longo prazo. Mesmo com o possível retorno de ‘La Niña’, o planeta continuará a aquecer devido aos gases do efeito estufa. A NOAA dos Estados Unidos já incorporou ‘La Niña’ em suas previsões para a temporada de furacões de 2024, que pode ser extraordinária, com a possibilidade de entre quatro e sete furacões de categoria 3 ou superior.
É importante ressaltar que, apesar de possíveis mudanças nos fenômenos meteorológicos, as condições climáticas extremas continuarão a impactar o planeta devido ao aumento das emissões de gases poluentes. Por isso, iniciativas como o Alertas Prévios para Todos, da OMM, se tornam essenciais para proteger a população mundial dos riscos meteorológicos. Até o fim de 2027, a organização pretende garantir que todas as pessoas estejam protegidas por sistemas de alerta precoce.
