Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, não houve uma parada do Orgulho LGBTQIA+ em Kiev. No ano passado, o evento foi realizado em Liverpool, no Reino Unido, em vez da Ucrânia, que também seria a anfitriã do Eurovision, se não fosse a guerra.
Os organizadores da parada propuseram que a população se reunisse nas estações de metrô da capital, que são usadas como abrigo contra os bombardeios russos, para reivindicar seus direitos. No entanto, a prefeitura não autorizou a manifestação por motivos de segurança e sugeriu a escolha de outro local para o ato.
Em comunicado, a prefeitura justificou sua decisão afirmando que não poderia autorizar a marcha da igualdade no metrô para garantir a segurança dos participantes e passageiros, além de evitar possíveis provocações. Os organizadores lamentaram a proibição e destacaram que se inspiraram em uma manifestação LGBTQIA+ realizada no metrô de Kharkiv, no nordeste do país, no ano de 2022.
Apesar da negativa da prefeitura, os organizadores consideraram realizar o ato sem autorização, mas expressaram o desejo de dialogar com as autoridades. Pesquisas de opinião indicam um aumento na aceitação dos direitos do coletivo LGBTQIA+ pela população ucraniana durante a guerra, com relatos sobre soldados abertamente gays combatendo na frente de batalha.
No entanto, a exibição de um filme ucraniano sobre tolerância à comunidade LGBTQIA+ gerou protestos de ativistas ultranacionalistas em Kiev e Kharkiv. A situação continua sendo acompanhada de perto diante do contexto de guerra e conflitos na região.