Pressão dos EUA por cessar-fogo em Gaza gera desacordo entre Israel e Hamas em meio a negociações estagnadas

Os Estados Unidos mantêm uma pressão constante sobre Israel e o Hamas, buscando um acordo de cessar-fogo em Gaza. No entanto, as negociações continuam em impasse devido à discordância das partes em relação às condições para o fim dos combates.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, recentemente conversou com autoridades israelenses, elogiando Israel por considerar a possibilidade de um cessar-fogo e destacando que a decisão final cabe ao Hamas aceitar o pacto. Essa interação ocorreu após um apelo público do presidente norte-americano, Joe Biden, para que ambas as partes aceitassem uma oferta de acordo.

Porém, representantes do Hamas afirmaram a mediadores que não receberam uma proposta de Israel que corresponda ao acordo mencionado por Biden. As negociações indiretas entre Israel e o Hamas através de mediadores de Estados árabes foram prejudicadas principalmente pela divergência em relação à natureza temporária ou permanente do cessar-fogo.

Enquanto Israel busca a libertação de reféns do Hamas para retomar suas operações militares e atingir seus objetivos de guerra, o Hamas exige o fim da invasão de Gaza por parte de Israel e a retirada de suas forças. O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, adota uma postura ambivalente em relação aos esforços de Biden pela paz, reconhecendo a proposta israelense, mas insinuando que as posições não estão completamente alinhadas.

Além disso, membros da extrema-direita da coalizão de Netanyahu ameaçaram deixar o governo caso um acordo baseado no esboço de Biden prossiga. Essa situação complexa tem impacto no cenário político interno dos Estados Unidos, com a divisão dos apoiadores do Partido Democrata. A guerra em Gaza se torna um desafio adicional para a possível reeleição de Biden em novembro.

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