O senador citou um episódio em março, no qual o Copom decidiu por unanimidade reduzir a taxa básica de juros em meio ponto percentual, fixando-a em 10,75%. No entanto, essa decisão foi contradita quando Campos Neto, em um seminário em Washington, antecipou que iria defender uma redução da taxa Selic inferior a meio ponto, o que resultou em uma diminuição de 0,25% na taxa de juros durante a reunião de maio. Kajuru avaliou que essas atitudes minaram a credibilidade do Copom e geraram incertezas no mercado financeiro.
Além disso, o senador criticou uma declaração de Campos Neto em um seminário na Fundação Getúlio Vargas sobre uma possível alta na inflação, alegando que essa fala teve repercussões imediatas no mercado financeiro. Kajuru questionou se Campos Neto estaria sinalizando um possível aumento da Selic na próxima reunião do Copom, levantando dúvidas sobre a condução da política monetária pelo presidente do Banco Central.
Em meio a essas controvérsias, o senador conclamou os brasileiros a refletirem sobre os impactos de uma taxa básica de juros de 10,5% ao ano para o país. A expectativa em relação à próxima decisão do Copom nos dias 18 e 19 de junho fica agora no ar, com questionamentos sobre a postura de Campos Neto e os rumos da política monetária brasileira. A sociedade aguarda respostas e esclarecimentos diante das recentes atitudes do presidente do Banco Central.