Os resultados iniciais desses implantes confirmaram não apenas a melhora na visão, mas também a redução na espessura da córnea, que é um avanço significativo nessa área da medicina. A técnica utilizada, uma versão da ceratoplastia endotelial, envolve a substituição do revestimento interno anormal da córnea, o endotélio, por uma córnea artificial criada em laboratório. Até o momento, apenas cerca de 200 procedimentos desse tipo foram realizados em todo o mundo, mostrando a novidade e o potencial desse método.
Os responsáveis pelo procedimento ressaltam que a escassez global de córneas humanas é um desafio enfrentado na área da oftalmologia, com pacientes no Reino Unido chegando a esperar até dois anos por um transplante. Thomas Poole, oftalmologista britânico responsável pelo novo implante, destaca que as córneas artificiais representam uma alternativa valiosa, com vantagens como a eliminação do risco de rejeição, transmissão de doenças e falha a longo prazo.
A EndoArt, córnea artificial desenvolvida pela empresa EyeYon Medical, é uma nova esperança para pacientes com edema crônico da córnea, oferecendo uma solução promissora para um grupo selecionado de pessoas. Cecil Farley, o idoso beneficiado com o implante, expressa sua satisfação com os resultados visíveis: “Minha visão está ficando mais clara semana a semana e espero continuar progredindo”. Essa nova técnica, apesar de ainda estar em fase inicial, promete ser amplamente adotada no futuro, representando um avanço significativo na área da oftalmologia.
Dessa forma, o uso de transplantes de córnea artificial se mostra como um passo inovador e empolgante no tratamento oftalmológico, abrindo portas para melhorias na qualidade de vida de pacientes que necessitam de intervenções para preservar ou restaurar sua visão. A expectativa é de que, com o sucesso desses primeiros casos, mais pacientes também possam se beneficiar desse avanço tecnológico no futuro.