O dólar comercial fechou a terça-feira sendo vendido a R$ 5,285, apresentando uma alta de R$ 0,052 (+0,96%). O valor da moeda norte-americana operou em ascensão durante todo o dia, mas foi a partir do final da manhã que o seu preço disparou, impulsionado pela queda no valor de diversas commodities negociadas internacionalmente. No pico máximo do dia, por volta das 15h40, o dólar chegou a atingir R$ 5,29.
Essa cotação do dólar é a mais alta registrada desde 23 de março de 2023, quando fechou em R$ 5,35. Com um acúmulo de alta de 2,2% em uma semana e de 8,9% ao longo do ano de 2024, a moeda dos Estados Unidos mostra uma tendência de valorização no mercado.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia com uma queda de 0,17%, atingindo os 121.802 pontos. O desempenho foi influenciado principalmente pela baixa nas ações de petroleiras e mineradoras, que são as mais negociadas atualmente. O índice atingiu o menor patamar desde novembro do ano passado.
No cenário internacional, o dólar apresentou um aumento em relação a todas as moedas de países emergentes, devido à queda no valor das commodities, especialmente do petróleo, do ferro e da soja. Esses são os principais produtos exportados pelo Brasil e a redução nos preços internacionais desses produtos diminui a entrada de dólares no país, o que pressiona a cotação da moeda para cima.
Além disso, no contexto econômico interno, a divulgação do crescimento de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano trouxe uma inicial animação aos investidores. No entanto, as incertezas em relação ao projeto para compensar a desoneração da folha de pagamento, que busca arrecadar R$ 29,2 bilhões limitando o uso de compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), pressionaram o mercado.
Dessa forma, o mercado financeiro segue em meio a uma série de incertezas tanto no âmbito interno quanto externo, refletindo diretamente nos valores do dólar e da bolsa de valores. O cenário econômico atual demanda atenção e cautela por parte dos investidores em relação às oscilações e possíveis impactos nas economias globais.
