O líder de extrema-direita, de 60 anos, declarou que percebe uma forte rejeição à classe política no país, o que o motivou a concorrer mais uma vez, após ter tentado se eleger deputado sete vezes sem sucesso. Farage afirmou que não pode decepcionar os milhões de pessoas que confiam nele para representá-los.
A candidatura de Farage pode ter impacto nas eleições, desviando votos importantes dos conservadores do primeiro-ministro Rishi Sunak em diversos assentos e potencialmente favorecendo a oposição trabalhista, que aspira retornar ao poder pela primeira vez desde 2010. O político ganhou reconhecimento em 2016, durante o referendo sobre o Brexit, onde liderou uma intensa campanha a favor da saída do Reino Unido da União Europeia.
Atualmente, Farage é o líder do Reform UK e apresentador do canal de televisão GB News, o que lhe proporciona popularidade entre o eleitorado conservador. Segundo pesquisas recentes, seu partido conta com 15% das intenções de voto, apenas cinco pontos atrás dos conservadores, e muito à frente dos liberais-democratas, historicamente a terceira força política do país. As pesquisas indicam que os trabalhistas, liderados por Keir Starmer, têm cerca de 45% das intenções de voto, o que os colocaria em uma posição favorável para tirar o Partido Conservador do poder.
Nigel Farage afirmou que seu objetivo é atrair milhões de eleitores para que o Partido Trabalhista vença as eleições com uma margem menor do que a prevista pelas pesquisas, assumindo a segunda posição como resultado final. Sua decisão de concorrer promete agitar ainda mais o cenário político britânico e introduzir ainda mais incertezas em um momento crucial para o país.