General da Guarda Revolucionária do Irã é morto em ataques aéreos israelenses perto de Aleppo, na Síria

Na manhã de segunda-feira, um general da Guarda Revolucionária do Irã foi morto em ataques aéreos israelenses próximos a Aleppo, na Síria. Identificado como general Saeed Abyar pela agência Tasnim News, ele foi destacado para o país como conselheiro e acredita-se que seja o primeiro iraniano morto por Israel desde a escalada da tensão entre os países em abril.

Segundo informações da agência iraniana citada por um jornal americano, Israel teria atacado vários alvos nos arredores de Aleppo, resultando em 17 mortos e 15 feridos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou que o ataque israelense foi direcionado a uma fábrica de cobre e um armazém de armas na cidade de Hayyan, ao norte de Aleppo, afetando tanto sírios quanto estrangeiros.

O Ministério da Defesa sírio divulgou um comunicado afirmando que o “inimigo israelense” lançou um ataque contra posições perto de Aleppo, causando mortes e danos materiais. Equipes de resgate e bombeiros foram mobilizados para o local do bombardeio, que foi descrito como controlado por grupos pró-iranianos compostos por sírios e estrangeiros.

O general Saeed Abyar era membro da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária do Irã responsável por ações no exterior. Ele estava na Síria desde 2012, ajudando o governo de Damasco na guerra civil contra as forças de oposição e os terroristas do Estado Islâmico. Israel tem lançado numerosos bombardeios contra as forças do regime de Bashar al-Assad e grupos pró-Irã desde o início do conflito em 2011.

Além do quadro de tensões externas, a morte de Abyar ocorre em um momento delicado para o Irã, com a recente morte do presidente Ebrahim Raisi e de outros membros da comitiva presidencial em um acidente aéreo. Com a sucessão do aiatolá Ali Khamenei em jogo e eleições presidenciais chegando, o país enfrenta uma crise de liderança interna. Ali Bagheri Kani, chanceler interino do Irã, ressaltou em uma entrevista que Israel é uma fonte de instabilidade na região, enquanto o Irã e as milícias regionais que apoia representam estabilidade e paz.

Neste contexto, o Oriente Médio permanece como um cenário de conflitos e tensões políticas, onde cada movimento pode ter impactos profundos nas relações entre os países da região.

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