Segundo informações da agência iraniana citada por um jornal americano, Israel teria atacado vários alvos nos arredores de Aleppo, resultando em 17 mortos e 15 feridos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou que o ataque israelense foi direcionado a uma fábrica de cobre e um armazém de armas na cidade de Hayyan, ao norte de Aleppo, afetando tanto sírios quanto estrangeiros.
O Ministério da Defesa sírio divulgou um comunicado afirmando que o “inimigo israelense” lançou um ataque contra posições perto de Aleppo, causando mortes e danos materiais. Equipes de resgate e bombeiros foram mobilizados para o local do bombardeio, que foi descrito como controlado por grupos pró-iranianos compostos por sírios e estrangeiros.
O general Saeed Abyar era membro da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária do Irã responsável por ações no exterior. Ele estava na Síria desde 2012, ajudando o governo de Damasco na guerra civil contra as forças de oposição e os terroristas do Estado Islâmico. Israel tem lançado numerosos bombardeios contra as forças do regime de Bashar al-Assad e grupos pró-Irã desde o início do conflito em 2011.
Além do quadro de tensões externas, a morte de Abyar ocorre em um momento delicado para o Irã, com a recente morte do presidente Ebrahim Raisi e de outros membros da comitiva presidencial em um acidente aéreo. Com a sucessão do aiatolá Ali Khamenei em jogo e eleições presidenciais chegando, o país enfrenta uma crise de liderança interna. Ali Bagheri Kani, chanceler interino do Irã, ressaltou em uma entrevista que Israel é uma fonte de instabilidade na região, enquanto o Irã e as milícias regionais que apoia representam estabilidade e paz.
Neste contexto, o Oriente Médio permanece como um cenário de conflitos e tensões políticas, onde cada movimento pode ter impactos profundos nas relações entre os países da região.