Governo de São Paulo decide reter 18,3% das ações da Sabesp em processo de privatização e estabelece condições para investidor de referência

O governo do estado de São Paulo tomou uma decisão importante em relação à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O estado decidiu manter 18,3% das ações da empresa, que atualmente detém 50,3% dos papéis, enquanto o restante está nas mãos de empresas ou pessoas físicas.

De acordo com informações do Palácio dos Bandeirantes, a venda das ações será dividida em dois grupos distintos. No primeiro grupo, 15% das ações serão destinadas a um investidor de referência, e as instruções para disputar essa posição serão divulgadas em breve pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado.

Já o segundo lote, contendo cerca de 17% das ações, será aberto ao mercado em geral, incluindo pessoas físicas, jurídicas e funcionários da empresa. O governo ressaltou que não haverá oferta primária, ou seja, apenas as ações atualmente pertencentes ao Governo de São Paulo serão negociadas.

Para concorrer à posição de investidor de referência, as empresas interessadas deverão aceitar as condições estabelecidas no Acordo de Investimentos. Esse acordo prevê que o Conselho de Administração da Sabesp será composto por nove integrantes, sendo três indicações do governo de São Paulo, três do investidor de referência e três independentes.

Além disso, o investidor de referência terá a responsabilidade de indicar o presidente do Conselho, com o apoio do governo de São Paulo. O mesmo não poderá vender suas ações até dezembro de 2029, quando estão previstos os investimentos para a universalização do saneamento no estado.

A condução da oferta pública das ações será realizada pelos bancos BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA. A data para essa oferta ainda não foi determinada, mas o governo está tomando medidas concretas para o processo de privatização da Sabesp.

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