Ministério da Saúde recomenda ampliar e intensificar vacinação contra coqueluche no Brasil em meio a surtos na Ásia e Europa

Em meio a surtos de coqueluche que têm alarmado países da Ásia e da Europa, o Ministério da Saúde no Brasil emitiu uma nota técnica recomendando a ampliação da vacinação contra a doença, de forma excepcional e intensificada. A pasta ressalta a importância de fortalecer as ações de vigilância epidemiológica e a imunização contra a coqueluche em território nacional.

De acordo com a nota, a recomendação é estender o uso da vacina dTpa, que combate difteria, tétano e coqueluche, para profissionais da saúde que atuam em diversos setores, como ginecologia, obstetrícia, UTI neonatal, berçários e pediatria. Outros profissionais que devem ser imunizados são as doulas e aqueles que trabalham em creches com crianças de até 4 anos.

A administração das doses deve levar em consideração o histórico vacinal de cada pessoa, com a orientação de que mesmo aqueles com doses anteriores completas recebam uma nova dose da vacina. Já aqueles que possuem menos de três doses administradas devem complementar o esquema de imunização.

Globalmente, a nota técnica destaca um aumento significativo de casos de coqueluche em diversos países da União Europeia e na China. Somente no primeiro trimestre de 2024, mais de 32 mil casos foram notificados na Europa, com maior incidência em crianças menores de 1 ano. Na China, foram registrados mais de 32 mil casos da doença e 13 óbitos até fevereiro.

No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, com mais de 8 mil casos confirmados. A partir de 2020, o número de casos reduziu, mas o Ministério da Saúde alerta que a situação pode se agravar se não forem tomadas medidas preventivas, especialmente devido às quedas nas coberturas vacinais nos últimos anos.

Os dados do ministério mostram que entre 2016 e 2023, as coberturas vacinais contra a coqueluche ficaram abaixo dos 95% recomendados pela OMS, o que contribui para o acúmulo de pessoas suscetíveis à doença. Por isso, é fundamental intensificar a vacinação e a vigilância epidemiológica para controlar a disseminação da coqueluche.

Em resumo, a vacinação é essencial para prevenir a coqueluche, uma doença respiratória que pode se espalhar mais facilmente em períodos de clima ameno ou frio. A imunização correta e ações efetivas de saúde pública são fundamentais para proteger a população contra essa infecção bacteriana.

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