De acordo com as autoridades moldavas, a operação revelou uma sofisticada organização criminosa internacional com conexões com indivíduos suspeitos de crimes cibernéticos na Rússia, Ucrânia e Belarus. A chefe anticorrupção da Moldávia, Veronica Dragalin, afirmou que os suspeitos pagaram intermediários e figuras públicas no país para informar os criminosos procurados sobre seu status de Alerta Vermelho.
A investigação apontou que o esquema visava ajudar pessoas sujeitas ao Alerta Vermelho a obter asilo ou status de refugiado na Moldávia e em outros países, com o intuito de bloquear e eliminar os avisos através de suborno a funcionários públicos. Veronica Dragalin ressaltou que os valores envolvidos nesse esquema ilícito chegam a vários milhões de dólares.
A Interpol, sediada em Lyon, na França, destacou que a operação foi desencadeada após a detecção de tentativas de bloquear e apagar os avisos emitidos. A agência internacional de policiamento declarou seu compromisso em combater a corrupção de alto nível em todas as suas formas e afirmou ter tomado medidas para evitar o uso indevido de seus sistemas.
O secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, enfatizou a importância dos Alertas Vermelhos e mencionou que mais de 70.000 pessoas estão sujeitas a esses mandados. As autoridades moldavas iniciaram a investigação em abril, após receberem informações da Procuradoria Financeira Nacional da França e solicitaram apoio do FBI para desmantelar a organização criminosa internacional envolvida na sabotagem do sistema de alerta vermelho da Interpol.