A medida, proposta pela deputada Julia Zanatta (PL-SC), visa suspender a inclusão da vacina para crianças de 6 meses a 5 anos no Calendário Nacional de Vacinação. No entanto, o Ministério da Saúde ressaltou que a decisão de incorporar a vacina ao calendário foi respaldada por evidências científicas internacionais e dados epidemiológicos sobre a doença no Brasil.
Segundo o ministério, as vacinas contra a covid-19 são produtos farmacológicos altamente estudados e seguros, aprovados pela Anvisa e submetidos a rigorosos processos de qualidade. A pasta também destacou o apoio de entidades como a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde à decisão de incluir a vacina no cronograma para crianças.
Além disso, organismos internacionais como a OMS, o ECDC e o CDC dos Estados Unidos também endossaram a vacinação infantil contra a covid-19. A Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos reiterou a segurança da vacinação em crianças com base em dados de ensaios clínicos e milhões de doses aplicadas.
O Ministério da Saúde ressaltou a importância da vacinação na redução de internações e óbitos por SRAG e na prevenção de complicações pós-covid. A imunização também contribui indiretamente para a proteção de grupos vulneráveis, como idosos e imunocomprometidos.
Diante desses argumentos, o debate na Câmara dos Deputados promete se intensificar, com posições divergentes sobre a manutenção da vacina contra a covid-19 no calendário infantil. Enquanto isso, a pasta da Saúde continua a defender a importância da imunização como medida eficaz de combate à doença entre as crianças.