Relatório da Unesco destaca importância das Áreas Marinhas Protegidas na preservação da biodiversidade oceânica e na segurança alimentar.

Recentemente, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou o Relatório sobre o Estado do Oceano (StOR), trazendo dados alarmantes sobre a situação das espécies marinhas em perigo de extinção. De acordo com o relatório, 72% das 1.473 espécies ameaçadas de desaparecer encontram abrigo em Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Essas áreas desempenham um papel fundamental na preservação da biodiversidade e na garantia da segurança alimentar e da saúde dos oceanos.

A existência das AMPs é essencial para a conservação de espécies e de recursos naturais. Nestas regiões são implementadas medidas para promover o desenvolvimento sustentável, o turismo ecológico e a pesca ordenada e não predatória. No entanto, apesar da importância dessas áreas protegidas, a maior parte delas está localizada no mar territorial, sob jurisdição dos países costeiros. No Brasil, as unidades de conservação abrangem apenas 27% do mar territorial.

O relatório também destaca os impactos do aquecimento global nos oceanos, resultante do excesso de emissões de gases de efeito estufa provocado pela atividade humana. O documento aponta para a elevação da temperatura das águas, acidificação, queda das taxas de oxigênio e aumento do nível do mar. Essas consequências representam uma séria ameaça não apenas para as espécies marinhas, mas também para os ecossistemas marinhos como um todo.

Além disso, o relatório ressalta a importância de políticas baseadas em áreas para promover a gestão sustentável das atividades oceânicas. A proteção dos ecossistemas costeiros, como os manguezais e pântanos de maré, é fundamental para reduzir as pressões sobre os oceanos, que vêm sofrendo com a poluição, a acidificação e a eutrofização.

Em meio a essas preocupações, os pesquisadores chamam a atenção para a necessidade de reduzir as fontes de poluição nos oceanos, bem como para a importância da sustentabilidade da pesca e da aquicultura. Com o aumento da população mundial, a pressão sobre a produção de alimentos provenientes do mar tende a crescer, tornando ainda mais urgente a proteção dos recursos marinhos.

Diante desse cenário desafiador, é fundamental que governos, organizações e a sociedade como um todo se mobilizem para adotar práticas sustentáveis e proteger nossos oceanos e seus habitantes. Ações concretas são necessárias para garantir a saúde e a sobrevivência dos ecossistemas marinhos, que desempenham um papel fundamental na manutenção da vida na Terra.

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