Ramírez de la O garantiu aos investidores e organizações internacionais que o projeto econômico do novo governo será pautado pela disciplina financeira, respeito à autonomia do Banco do México, Estado de direito e estímulo aos investimentos nacionais e estrangeiros. Ele afirmou que a comunicação com investidores e agências de classificação de risco será atualizada para reforçar o compromisso com a estabilidade macroeconômica, a responsabilidade fiscal e a viabilidade dos objetivos fiscais.
Além disso, o secretário da Fazenda destacou a importância de fortalecer a colaboração com a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) para otimizar o uso dos recursos públicos, contando com o apoio do Congresso. Sheinbaum, que conquistou a presidência com uma maioria avassaladora nas eleições, enfrentará desafios como o alto déficit fiscal e a difícil situação financeira da Pemex.
Com a coligação formada por Morena, Partido Verde e Partido do Trabalho dominando o Congresso bicameral, espera-se que modificações na Constituição possam ser feitas sem precisar negociar com outras forças políticas. O novo Congresso mexicano assumirá em 1º de setembro, e um dos planos do atual presidente, Andrés Manuel López Obrador, é realizar uma reforma do Poder Judiciário para tornar a eleição de juízes e magistrados uma escolha popular.
Essas incertezas políticas provocaram uma queda de 4,3% no peso mexicano e de 6,01% na Bolsa Mexicana de Valores durante as negociações de segunda-feira. Diante desses acontecimentos, o cenário econômico do México se mostra desafiador para a próxima gestão.