O relator do projeto no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), decidiu excluir essa taxação do relatório, argumentando que o tema não estava relacionado ao conteúdo principal da lei. Essa decisão gerou controvérsia, pois contrariou um acordo entre parlamentares da base do governo e da oposição que tinha sido feito na Câmara.
Durante a sessão, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), pediu o adiamento da votação, alegando que o relatório havia sido divulgado de última hora e que não houve tempo suficiente para analisar todas as emendas apresentadas. Outros senadores apoiaram o adiamento, argumentando que era necessário mais tempo para compreender o texto e chegar a um consenso.
Diante do pedido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concordou em adiar a votação para o dia seguinte, dando mais tempo para os senadores discutirem a matéria. A proposta do relator seria retomada no plenário na quarta-feira.
O projeto Mover, que inclui a taxação das importações, prevê incentivos de R$ 19,3 bilhões em cinco anos, além de redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para estimular a produção de veículos mais sustentáveis. A discussão sobre a taxação das compras internacionais de até US$ 50 continua sendo um ponto de debate entre os parlamentares e deve ser retomada na próxima sessão do Senado.