Senado aprova projeto que permite empresas estrangeiras a operarem voos domésticos na Amazônia Legal, visando reduzir preços abusivos de passagens

A Comissão de Infraestrutura do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (4) o projeto de lei que autoriza empresas estrangeiras a operarem voos domésticos que passem pela Amazônia Legal. O PL 4.715/2023, apresentado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC), recebeu parecer favorável do relator, senador Jaime Bagattoli (PL-RO), na forma de um texto substitutivo, o qual deverá passar por um novo turno de votação na comissão antes de seguir para análise na Câmara dos Deputados.

Atualmente, apenas empresas constituídas sob as leis brasileiras têm permissão para operar voos domésticos no país, de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica. O texto substitutivo ao PL 4.715/2023 propõe alterar essa restrição para permitir que empresas estrangeiras realizem voos domésticos com origem ou destino em aeroportos localizados na Amazônia Legal.

O objetivo principal do projeto é ampliar a concorrência no mercado de aviação doméstica, que atualmente é dominado por apenas três empresas, resultando em preços elevados e pouca disponibilidade de voos na região amazônica. O senador Petecão argumenta que a abertura do mercado para empresas estrangeiras contribuirá para reduzir os preços das passagens e aumentar a oferta de voos na região Norte do Brasil.

O relator Jaime Bagattoli incluiu no substitutivo a previsão de permitir que empresas estrangeiras realizem voos domésticos com base em acordos de serviços aéreos internacionais, visando facilitar o deslocamento de passageiros na região amazônica. A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) e o senador Jorge Seif (PL-SC) também expressaram apoio à medida, enfatizando a importância de abrir o mercado e reduzir os preços considerados abusivos das passagens aéreas.

Além disso, o relator recomendou a rejeição de uma emenda aprovada pela Comissão de Relações Exteriores, que impunha restrições e exigências burocráticas para as empresas interessadas em operar rotas domésticas. Para Bagattoli, tais exigências poderiam criar dificuldades desnecessárias para as empresas e prejudicar a implementação da medida.

Em resumo, a aprovação do projeto que permite a operação de empresas estrangeiras em voos domésticos na Amazônia Legal representa um passo importante para estimular a concorrência no setor de aviação e promover a conectividade na região Norte do Brasil. A expectativa agora é que a proposta seja analisada e aprovada também na Câmara dos Deputados, para que as mudanças possam entrar em vigor e beneficiar os passageiros que utilizam os serviços aéreos na região amazônica.

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