Senadora Zenaide Maia defende debate transparente sobre cultura liberal do Estado mínimo em serviços públicos essenciais

A senadora Zenaide Maia, do PSD-RN, fez um pronunciamento nesta terça-feira (4) onde abordou a questão da cultura liberal do Estado mínimo, defendida por economistas e empresários. Para a parlamentar, é fundamental debater de forma transparente e com honestidade intelectual sobre a privatização de serviços públicos essenciais à população, como água tratada, saneamento básico e energia elétrica.

Durante seu discurso, Zenaide ressaltou a importância do papel do Estado brasileiro em momentos de calamidade e emergência, citando o trabalho realizado por órgãos como o corpo de bombeiros, a polícia civil e a polícia militar. Ela enfatizou que, apesar de pregarem o Estado mínimo, os gigantes do capital privado frequentemente são beneficiados e salvos pelo Estado, e deveriam ser cobrados proporcionalmente ao que lucram.

A senadora também chamou a atenção para o fato de que 50% do Orçamento Geral da União é destinado ao pagamento de dívidas e serviços com o sistema financeiro, questionando a falta de auditoria desses valores, mesmo com previsão constitucional. Ela criticou a ausência de iniciativas do setor privado em momentos de crise coletiva e ressaltou a importância da sociedade civil e do governo na reconstrução e no auxílio às vítimas.

Zenaide argumentou que, enquanto se fala em ajuste fiscal como um mandamento sagrado, a realidade é que o capitalismo estatal prevalece, com o Estado brasileiro frequentemente resgatando e salvando os grandes bancos em situações de crise. Ela defendeu a necessidade de um debate mais profundo e transparente sobre as relações entre o Estado, o setor privado e a sociedade, visando uma maior justiça e equidade nas ações governamentais e econômicas.

Diante das colocações da senadora, fica evidente a importância de um debate sério e aprofundado sobre a questão do Estado mínimo e da privatização de serviços públicos essenciais, levando em consideração o papel do Estado como agente protetor e regulador em momentos de crise e emergência.

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