USP perde título de melhor universidade da América Latina e cede lugar para Universidad de Buenos Aires em ranking de 2025

A Universidad de Buenos Aires (UBA), da Argentina, conquistou o primeiro lugar no ranking de 2025 da Quacquarelli Symonds (QS), deixando a Universidade de São Paulo (USP) em segundo lugar. A QS World University Ranking é uma referência global na avaliação das instituições de ensino superior, levando em consideração critérios como reputação acadêmica, reputação do empregador, resultados de emprego e sustentabilidade.

Mesmo perdendo a primeira posição, a USP ainda se destaca entre as 100 melhores universidades do mundo em quatro das nove métricas da QS. Além disso, outras universidades brasileiras também se destacaram no ranking, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp).

Em termos específicos, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) teve destaque na proporção de professores e alunos, enquanto a Universidade Federal do Paraná (UFPR) se destacou na proporção de alunos internacionais. Já a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) liderou no critério de proporção de professores internacionais no Brasil.

Segundo o ranking, as universidades brasileiras registram ganhos significativos na taxa de emprego de graduados, demonstrando alta qualidade de ensino e preparação para o mercado de trabalho. O Brasil também se destaca no campo da sustentabilidade, com estratégias progressivas de Meio Ambiente, Social, Governança e Desenvolvimento Sustentável.

No entanto, o país enfrenta desafios no impacto da pesquisa, com declínio nas citações por docente. Além disso, os alunos brasileiros apresentam pouca diversidade em comparação com outros países da América Latina.

O vice-presidente sênior da QS ressalta que as universidades brasileiras estão progredindo no ranking e destaca a importância de investimentos direcionados e estratégias eficazes para o crescimento do ensino superior brasileiro. Parcerias de pesquisa, como a estabelecida entre a USP e o Imperial College London, são vistas como impulsionadoras do progresso nas instituições de ensino brasileiras.

A nível global, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) se mantém no topo do ranking por treze anos consecutivos, seguido pelo Imperial College London. Outras universidades renomadas, como Oxford, Harvard e Cambridge, completam os cinco primeiros colocados. Nos dez primeiros colocados, apenas Suíça e Cingapura se destacam fora dos Estados Unidos e Reino Unido.

Com um total de 35 universidades classificadas, o Brasil mostra melhorias significativas no ensino superior, mas ainda precisa superar desafios relacionados à pesquisa, diversidade e colaboração internacional para continuar avançando no cenário educacional global.

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