Mesmo perdendo a primeira posição, a USP ainda se destaca entre as 100 melhores universidades do mundo em quatro das nove métricas da QS. Além disso, outras universidades brasileiras também se destacaram no ranking, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp).
Em termos específicos, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) teve destaque na proporção de professores e alunos, enquanto a Universidade Federal do Paraná (UFPR) se destacou na proporção de alunos internacionais. Já a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) liderou no critério de proporção de professores internacionais no Brasil.
Segundo o ranking, as universidades brasileiras registram ganhos significativos na taxa de emprego de graduados, demonstrando alta qualidade de ensino e preparação para o mercado de trabalho. O Brasil também se destaca no campo da sustentabilidade, com estratégias progressivas de Meio Ambiente, Social, Governança e Desenvolvimento Sustentável.
No entanto, o país enfrenta desafios no impacto da pesquisa, com declínio nas citações por docente. Além disso, os alunos brasileiros apresentam pouca diversidade em comparação com outros países da América Latina.
O vice-presidente sênior da QS ressalta que as universidades brasileiras estão progredindo no ranking e destaca a importância de investimentos direcionados e estratégias eficazes para o crescimento do ensino superior brasileiro. Parcerias de pesquisa, como a estabelecida entre a USP e o Imperial College London, são vistas como impulsionadoras do progresso nas instituições de ensino brasileiras.
A nível global, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) se mantém no topo do ranking por treze anos consecutivos, seguido pelo Imperial College London. Outras universidades renomadas, como Oxford, Harvard e Cambridge, completam os cinco primeiros colocados. Nos dez primeiros colocados, apenas Suíça e Cingapura se destacam fora dos Estados Unidos e Reino Unido.
Com um total de 35 universidades classificadas, o Brasil mostra melhorias significativas no ensino superior, mas ainda precisa superar desafios relacionados à pesquisa, diversidade e colaboração internacional para continuar avançando no cenário educacional global.