António Guterres alerta que humanos são tão perigosos para o planeta quanto o meteorito que extinguiu os dinossauros

A situação climática global está cada vez mais preocupante, conforme alerta o secretário-geral da ONU, António Guterres. Após o recorde de calor mundial registrado recentemente, Guterres comparou a ação humana ao perigo representado pelo meteorito que causou a extinção dos dinossauros.

Em um discurso impactante proferido em Nova York, Guterres fez um apelo pela proibição da publicidade de petróleo, gás e carvão, principais agentes responsáveis pelo aquecimento global. Ele afirmou que a humanidade não está apenas em perigo, mas é ela mesma o perigo. Essas declarações dos líderes da ONU coincidem com relatórios científicos alarmantes, que apontam para um cenário climático cada vez mais desafiador.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo observatório europeu Copernicus, maio de 2024 foi o mês mais quente já registrado no mundo, marcando o 12º mês consecutivo de novos recordes de temperatura. O relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) ressalta que há 80% de probabilidade de que a temperatura global ultrapasse os níveis pré-industriais em mais de 1,5°C nos próximos anos.

Diante desses números alarmantes, Guterres enfatizou a urgência de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa. Ele destacou a necessidade de uma transição rápida para energias renováveis e de medidas concretas por parte dos países para alcançar os objetivos climáticos estabelecidos no Acordo de Paris.

O secretário-geral da ONU também fez um apelo para que a indústria de combustíveis fósseis seja taxada, a fim de financiar ações de combate ao aquecimento global. Guterres ressaltou que o momento é crítico e que medidas urgentes precisam ser tomadas para evitar um colapso climático ainda mais grave.

Enquanto líderes globais se reúnem em Bonn para discutir novas metas de redução de emissões, a pressão sobre os governos aumenta para que adotem ações concretas e eficazes diante da emergência climática. A COP29, prevista para novembro em Baku, poderá ser decisiva para definir os rumos das políticas climáticas globais e garantir um futuro mais sustentável para o planeta.

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