Durante a votação, o senador Pontes enfatizou a importância da biofísica no campo médico e a relevância de reconhecer esse ramo do conhecimento como fundamental para o bem-estar humano. Segundo ele, a medicina moderna é multidisciplinar, envolvendo a interação entre diversas ciências, como física e biologia, para avanços significativos nos tratamentos e na qualidade de vida dos pacientes.
O relator do projeto, senador Fernando Dueire (MDB-PE), ressaltou em seu parecer o papel indispensável da biofísica para o progresso da medicina. Ele destacou a natureza interdisciplinar dessa área, que utiliza métodos e conceitos da física para desvendar os segredos da biologia, desde a escala molecular até a complexidade dos organismos e ecossistemas.
Carlos Chagas Filho, além de médico e professor na UFRJ, era especializado em física biológica. Sua atuação foi reconhecida internacionalmente ao presidir a Pontifícia Academia de Ciências no Vaticano e ao se tornar o único não europeu a ocupar esse cargo. Também membro da Academia Brasileira de Letras, Chagas Filho deixou um legado significativo para a ciência e a medicina.
Com a aprovação do projeto no Senado, a comunidade científica e acadêmica aguarda agora a decisão da Câmara dos Deputados sobre a oficialização do Dia Nacional do Biofísico, em homenagem ao legado e às contribuições de Carlos Chagas Filho para a ciência no Brasil e no mundo.