Comissão parlamentar visita Mina Granja Corumi em Belo Horizonte para investigar possíveis atividades ilegais de empresa de mineração.

Na tarde da última segunda-feira (3), um grupo de parlamentares da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou uma visita técnica nas instalações da Empresa de Mineração Pau Branco (Empabra), responsável pela Mina Granja Corumi, localizada na renomada Serra do Curral, um dos pontos turísticos mais importantes de Belo Horizonte.

A ação dos políticos veio como resposta à pressão de diversas entidades ambientais que clamavam por maior fiscalização das atividades da Empabra. Na região onde a mineradora atua, a extração mineral está atualmente proibida, porém, a Agência Nacional de Mineração (ANM) autorizou, em outubro do ano passado, a retirada de 800 mil toneladas de minério já beneficiado e estocado no local.

O aumento da movimentação de caminhões na área levantou suspeitas de atividades ilegais por parte da Empabra, levando a prefeitura de Belo Horizonte a realizar uma vistoria que resultou na interdição total da mina e na aplicação de multa por crime ambiental. As autoridades municipais constataram irregularidades como a retirada de minério fino depositado em pilhas, desassoreamento de estruturas de drenagem e atividades de lavra sem a devida licença ambiental.

A Mina Granja Corumi existe desde a década de 1950 e foi tombada como patrimônio da cidade em 1990. A Empabra já havia firmado compromissos anteriores com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para a recuperação da área degradada, mas denúncias de descumprimento desses acordos resultaram em embargos temporários das atividades da mineradora.

Diante do histórico de problemas envolvendo a Empabra, a deputada Bella Gonçalves (PSOL) questionou as ações da empresa durante a visita técnica, destacando a falta de medidas de recuperação ambiental. A mineradora alega que busca transformar a área da Mina Granja Corumi em um espaço público integrado com parques ecológicos da região, mas as recentes suspensões das atividades levantam dúvidas sobre seus reais objetivos.

Informações divulgadas pela Empabra indicam que um Plano de Fechamento da Mina foi protocolado em 2024, com o intuito de transformar o local em um corredor ecológico. No entanto, questionamentos sobre as práticas da empresa e a recorrente fiscalização de suas atividades continuam sendo tema de debate entre entidades ambientais e autoridades locais.

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