Os dados alarmantes foram divulgados por um levantamento realizado pelo MapBiomas, uma iniciativa que conta com a participação de universidades, organizações não governamentais e empresas de tecnologia. De acordo com o estudo, as enxurradas, inundações e alagamentos atingiram 15.778 quilômetros quadrados, o que corresponde a 5,6% do território gaúcho.
A análise foi feita a partir de imagens de satélite obtidas por sensores óticos e de radar, que permitiram identificar as áreas mais afetadas pelos temporais. O estudo apontou que 298 municípios tiveram pelo menos 1% de seu território impactado, com 73 deles sofrendo danos em 10% ou mais da área.
Entre as cidades mais atingidas estão Nova Santa Rita e Esteio, onde mais da metade da área foi afetada. Além disso, Charqueadas, Canoas e Porto Alegre também figuram na lista dos municípios com altos índices de áreas afetadas.
O levantamento também revelou os impactos dos temporais nas áreas urbanizadas, apontando que 5% de toda a área urbanizada do Rio Grande do Sul foi afetada. Isso representa um total de 158 municípios com danos em pelo menos 1% de sua área urbanizada.
A situação é crítica em diversos aspectos, com mais de meio milhão de pessoas desalojadas, dezenas de milhares em abrigos, dezenas de desaparecidos e centenas de mortes registradas. O Lago Guaíba, que banha a região metropolitana de Porto Alegre, mantém-se abaixo da cota de inundação, trazendo um alívio momentâneo para a população local.
Diante do cenário de destruição provocado pelos temporais, é essencial que medidas de apoio e reconstrução sejam implementadas com urgência para auxiliar as comunidades afetadas a se recuperarem desse desastre climático sem precedentes.
