Modi chegou ao poder em 2014, galvanizando uma onda de raiva nacional sobre corrupção. No entanto, seu desempenho desta vez ficou aquém do esperado, sendo ainda mais modesto do que em 2019, quando foi impulsionado pelo sentimento nacionalista em meio a um confronto de fronteira com o Paquistão.
Os partidos de oposição na Índia celebraram o resultado como um revés raro para um político que sempre garantiu maioria em eleições, tanto estaduais quanto nacionais, ao longo de sua carreira de 23 anos. Modi, um líder que cultivou a imagem de invencível, viu-se diante de uma competição acirrada nestas eleições.
De acordo com analistas políticos, era esperado que Modi vencesse facilmente mais uma vez. No entanto, os eleitores indianos surpreenderam ao manter sua independência e não o elegerem com tanta folga como nas vezes anteriores. Modi ainda conseguiu se posicionar bem para formar um governo com seus aliados nos próximos dias, mas o desafio foi maior do que anteriormente previsto.
Com o BJP obtendo 240 cadeiras e o Congresso Nacional Indiano caminhando para conquistar 99 legisladores, as eleições na Índia demonstraram que a democracia está mais viva do que se pensava. Modi adotou um tom desafiador ao comentar os resultados, prometendo erradicar a corrupção em seu terceiro mandato. No entanto, seu governo pareceu vulnerável pela primeira vez em anos.
De forma inesperada, a Índia mostrou ao mundo que as eleições competitivas ainda são uma realidade, mesmo em meio a disputas políticas intensas. O futuro político de Modi e do BJP fica agora em aberto, diante de um cenário menos favorável do que o esperado.
