A investigação, conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), identificou a responsabilidade de sócios e diretores da empresa no lançamento de um produto surfactante em suas galerias de águas pluviais. Essa ação foi confirmada por perícias realizadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
As consequências desse ato irresponsável foram graves, com a detecção de uma espuma branca densa no rio Guandu em agosto do ano passado. Tal situação levou a Cedae a interromper o abastecimento de água em grande parte da região metropolitana do Rio de Janeiro. O Sistema Guandu, localizado em Nova Iguaçu, é responsável por fornecer 80% da água consumida na região metropolitana.
Com uma vazão de 43 mil litros por segundo, a estação de tratamento abastece mais de 9 milhões de pessoas, de acordo com informações divulgadas pela Cedae. O rio Guandu percorre oito municípios, sendo a maioria na Baixada Fluminense, antes de desaguar na Baía de Sepetiba. A captação de água para tratamento ocorre após 43 quilômetros de percurso do rio, em Nova Iguaçu.
Essa ação criminosa teve um impacto ambiental significativo, afetando não apenas a qualidade da água na região, mas também a saúde e o abastecimento da população. O descarte inadequado de poluentes em rios é uma prática inaceitável e os responsáveis devem responder pelos danos causados ao meio ambiente e à comunidade local. A justiça deve ser feita para garantir a preservação dos recursos hídricos e a segurança dos cidadãos.