No primeiro dia das argumentações iniciais do julgamento, Hunter Biden foi descrito como um consumidor pesado de drogas que teria mentido sobre sua dependência ao decidir comprar a arma de fogo. Essas acusações ganharam força com outros depoimentos, como o da agente especial do FBI, Erika Jensen, que apresentou evidências coletadas no computador portátil de Hunter, incluindo fotos que sugeriam o uso de drogas.
A presença da primeira-dama, Jill Biden, no tribunal para apoiar o enteado chamou atenção, assim como a estratégia dos republicanos de usar as informações do caso para desacreditar a família Biden. Testemunhos de pessoas próximas a Hunter, como Zoe Kestan, destacaram o consumo frequente de crack pelo réu.
O advogado de Hunter Biden defendeu seu cliente, alegando que ele não estava sob efeito de drogas no momento da compra da arma e que a mesma nunca foi usada. Hunter, que é advogado formado em Yale e artista, afirma não consumir drogas desde 2019. Porém, os problemas judiciais enfrentados por ele trouxeram à tona questões familiares complicadas, incluindo a morte de seu irmão Beau em 2015 e de sua irmã Naomi em um acidente em 1972.
Apesar das acusações e do potencial impacto político do caso, Hunter Biden demonstra confiança em sua defesa e pode não enfrentar uma sentença pesada, visto que não possui antecedentes criminais. A Casa Branca já sinalizou que não haverá indulto presidencial caso ele seja condenado. Especula-se que o julgamento pode durar de uma a duas semanas e continua atraindo a atenção da mídia e do público em geral.