Os líderes dos partidos aliados iniciaram negociações para fortalecer as alianças e garantir uma governabilidade estável. Dois partidos, Telugu Desam Party (TDP) e Janata Dal United (JDU), que conquistaram 28 cadeiras no total, anunciaram seu apoio à aliança com o BJP. Essa situação coloca Modi diante de um novo cenário político, onde será necessário levar em consideração os interesses de outras legendas para conseguir aprovar seus projetos no Parlamento.
Segundo analistas políticos, Modi terá que ser um líder mais democrático e conciliador para lidar com a nova realidade política. Nilanajan Mukhopadhyay, autor de uma biografia do primeiro-ministro, aponta que ele terá que adotar uma postura mais flexível e democrática. A imprensa também já está repercutindo a mudança, com manchetes como “A Índia diminui Modi” e “A coalizão Karma”.
O panorama político na Índia se torna mais complexo, com a necessidade de consenso entre os partidos para garantir a aprovação de medidas importantes. A oposição, liderada pelo Congresso Nacional Indiano, saiu fortalecida das eleições e promete exercer influência sobre as decisões do governo. A minoria muçulmana, por sua vez, teme possíveis mudanças na Constituição laica, diante do nacionalismo hindu de Modi.
Com um terceiro mandato à frente, Modi enfrenta desafios inéditos em sua carreira política. Seu governo terá que buscar apoio e consenso para avançar com sua agenda, em um cenário de maior pluralidade política na Índia. Resta aguardar como o primeiro-ministro e seu partido lidarão com essa nova realidade e como isso impactará o futuro do país.