Em uma carta enviada ao Monsenhor Jacques Habert, bispo de Bayeux, na região francesa da Normandia, o papa destacou a preocupante tendência de que a possibilidade de um conflito global volte a ser considerada com seriedade. Ele ressaltou a importância de manter a firme vontade de evitar a eclosão de uma guerra, denunciando ambições ideológicas, nacionalistas e econômicas como fatores que podem levar a esse cenário indesejável.
Francisco enfatizou que o povo deseja a paz e lamentou as incontáveis vítimas civis inocentes e os soldados que deram suas vidas heroicamente. Ele ainda prestou homenagem ao esforço coletivo feito para conquistar o retorno à liberdade durante o Desembarque dos aliados na Normandia em 1944, evento que contribuiu decisivamente para o fim da Segunda Guerra Mundial em território europeu no ano seguinte.
As cerimônias em comemoração ao 80º aniversário do Desembarque estão em andamento na França e contarão com a presença dos principais líderes ocidentais, como o americano Joe Biden e o ucraniano Volodimir Zelensky. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, não marcará presença, em um contexto marcado pela guerra na Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.
Diante desse cenário tenso e repleto de incertezas, o apelo do Papa Francisco pela paz e pela preservação da memória histórica como forma de evitar conflitos futuros ressoa fortemente, destacando a importância da cooperação, do diálogo e do respeito mútuo entre as nações para garantir um mundo mais pacífico e seguro.
