Francisco ressaltou a indignidade de impor privações ao povo como consequência da crise da dívida, destacando a importância de um mecanismo multinacional baseado na solidariedade e harmonia entre os povos para lidar com essa questão. Ele enfatizou a necessidade de uma responsabilidade compartilhada entre os financiadores e os países devedores, levando em consideração as implicações econômicas, financeiras e sociais do endividamento.
Em meio a essa discussão, o Papa não mencionou nenhum país especificamente, mas sua terra natal, a Argentina, enfrenta uma grave crise econômica devido a políticas de austeridade impostas pelo governo. Os cortes orçamentários têm impactado o poder de compra, o consumo e a atividade econômica, resultando em uma recessão profunda e um aumento do desamparo social.
Recentemente, a Justiça argentina ordenou que o governo distribuísse imediatamente toneladas de alimentos retidos desde dezembro, o que ilustra a gravidade da situação no país. O Papa Francisco, em linha com a doutrina social da Igreja Católica, frequentemente pede o cancelamento das dívidas dos países mais pobres.
Diante desse cenário, o pontífice alerta para a necessidade de ações concretas para lidar com a crise da dívida, visando garantir a dignidade humana e a igualdade entre os povos. A discussão sobre a dívida externa e suas consequências sociais continua sendo um tema de relevância global, e o Papa Francisco se posiciona como um defensor dos mais vulneráveis nesse debate.