Comemorando o Dia Mundial do Meio Ambiente e os 25 anos da Política Nacional de Educação Ambiental, criada pela Lei 9.795/1999, os debates destacaram a necessidade de uma educação ambiental antirracista. O reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, professor José Vicente, enfatizou a importância de tratar as diferenças econômicas das pessoas na prevenção de eventos climáticos extremos.
Para ele, é essencial desenvolver ações específicas que abordem o racismo ambiental e tragam soluções para as comunidades mais vulneráveis. Além disso, a coordenadora da Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental, Maria Henriqueta Andrade Raymundo, ressaltou a necessidade de uma rede nacional integrada para disseminar a educação ambiental em todos os municípios do país.
A falta de educação ambiental foi apontada por Rachel Trajber, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, como um obstáculo para a sustentabilidade e justiça climática. Ela defendeu a importância de políticas públicas que abordem as desigualdades e vulnerabilidades sociais para combater esses problemas.
Outra questão discutida foi o direito das crianças à natureza, com o sociólogo Renato Godoy, do Instituto Alana, propondo a criação de um marco legal sobre o assunto. Ele ressaltou a importância de uma educação baseada na natureza que promova o contato com o meio ambiente e desenvolva habilidades para lidar com a crise climática.
Os debates no Senado também abordaram a importância das comissões interinstitucionais de educação ambiental, destacando seu papel na integração e diálogo entre o poder público e a sociedade civil. A sociedade brasileira tem sido chamada a refletir e agir em prol de uma educação ambiental mais efetiva, que possa contribuir para a preservação do meio ambiente e enfrentamento das mudanças climáticas.
