Procurador-geral da Venezuela aponta “falso positivo” no assassinato de militar no Chile com envolvimento de agentes de segurança locais.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, lançou uma nova linha de investigação sobre o assassinato de um militar dissidente do governo de Nicolás Maduro no Chile. Ronald Ojeda, um militar reformado de 32 anos, foi sequestrado por indivíduos que se passaram por policiais chilenos e foi encontrado morto no Chile nove dias depois. Saab afirmou que se trata de um “falso positivo” e sugeriu a participação de agentes de segurança chilenos na operação.

Segundo o procurador-geral, o assassinato de Ojeda foi realizado para politizar e instrumentalizar uma campanha de ataque contra o Estado venezuelano. Ele apontou a tese do Ministério Público do Chile que descreve a operação como sendo de uma macro gangue. Além disso, Saab levantou a hipótese de que serviços de inteligência estrangeiros com apoio de agentes de inteligência chilenos possam ter cometido o crime.

As autoridades chilenas indicaram que a motivação por trás do assassinato era política e apontaram a organização criminosa venezuelana “Tren de Aragua” como possível autora do sequestro. Ojeda, que tinha obtido refúgio político no Chile após fugir de uma prisão venezuelana, não tinha envolvimento aparente com o crime organizado.

O procurador-geral Saab enviou representantes para colaborar com a investigação no Chile, mas não foram recebidos pelas autoridades locais. Ele afirmou que o objetivo do crime era prejudicar as relações entre Chile e Venezuela em um momento de aproximação entre os dois países. A tragédia envolvendo Ojeda coloca em xeque a segurança e a estabilidade na região, além de levantar questões sobre a atuação de agentes de segurança estrangeiros em território chileno.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo