Procuradoria da Venezuela ordena prisão de quatro suspeitos pela morte de jovem queimado durante protestos oposicionistas em 2017

A Procuradoria da Venezuela emitiu uma ordem de prisão para quatro pessoas relacionadas à morte de um jovem queimado durante os protestos de oposição em 2017. A vítima, Orlando Figuera, faleceu em 3 de junho de 2017, após ser esfaqueado, encharcado com gasolina e incendiado durante uma manifestação contra o governo de Nicolás Maduro em Caracas. A Procuradoria considera o caso um “crime de ódio”, tendo em vista que Figuera foi acusado de ser chavista e linchado pelos manifestantes.

Segundo o procurador-geral Tarek William Saab, após uma análise detalhada do caso, a Procuradoria determinou novas prisões para Ángel Sucre, Kleiver Hernández, Yuber Rodríguez e Elio Carrasquel. Além disso, uma quinta pessoa, conhecida como “El Malandrín”, está sendo identificada como uma das responsáveis pelo ataque que resultou na morte de Figuera.

O principal suspeito de iniciar o incêndio no corpo da vítima, Enzo Franchini, encontra-se na Espanha e as autoridades venezuelanas estão solicitando sua extradição. Franchini foi preso na Espanha devido a uma notificação vermelha da Interpol, mas um recurso foi introduzido para impedir sua extradição, sob alegações de possíveis violações de direitos humanos.

O ocorrido faz parte de uma série de protestos que aconteceram entre abril e julho de 2017, exigindo a saída de Maduro do poder. Líderes da oposição e organizações de direitos humanos denunciaram à época uma forte repressão por parte das forças policiais e militares, resultando em aproximadamente 125 mortes em várias cidades do país.

Diante desse cenário, a Procuradoria venezuelana busca justiça para o caso de Orlando Figuera e solicita a cooperação das autoridades espanholas para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados por seus atos.

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