Putin se compromete a colaborar na investigação da morte do jornalista Armin Soldin, supostamente atingido por foguetes russos na Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, em pronunciamento nesta quarta-feira (5), demonstrou abertura para colaborar na investigação da morte do jornalista da AFP, Armin Soldin, ocorrida no ano passado. De acordo com Putin, a Rússia está disposta a contribuir com as investigações sobre o suposto envolvimento de foguetes russos na morte de Soldin, que ocorreu durante um conflito na Ucrânia em 2023.

Durante uma reunião realizada em São Petersburgo com jornalistas de diversos veículos de comunicação estrangeiros, incluindo a AFP, o mandatário russo afirmou que farão tudo o que estiver ao alcance para colaborar com as investigações. No entanto, Putin ressaltou que não sabe ao certo como essa colaboração seria realizada na prática, considerando que a morte de Soldin ocorreu em zona de combate e em território controlado pela Ucrânia.

Soldin, jornalista de 32 anos na época de sua morte, foi atingido por um foguete em maio de 2023 enquanto cobria uma reportagem com soldados ucranianos em Chasiv Yar, próxima à linha de frente na região de Donetsk, leste da Ucrânia. A região foi cenário de intensos combates, com a tomada de Bakhmut pela Rússia em maio de 2023, após meses de confrontos. Atualmente, as tropas russas estão avançando em direção a Chasiv Yar.

Na França, o Ministério Público Nacional Antiterrorista abriu uma investigação preliminar para apurar os crimes de guerra relacionados à morte de Soldin e identificar a origem do disparo que o vitimou. A atuação das autoridades francesas visa esclarecer as circunstâncias do incidente que resultou na morte do jornalista.

No cenário internacional, as tensões persistem em diversas regiões do mundo, como demonstrado pelos confrontos entre Israel e Gaza, além das questões climáticas debatidas na ONU. O secretário-geral António Guterres já se manifestou favorável a um imposto sobre os lucros das petroleiras para financiar ações de combate à mudança do clima.

Portanto, a morte de Armin Soldin representa mais um capítulo complexo nas relações geopolíticas e nos desafios enfrentados pelo jornalismo em zonas de conflito. A colaboração internacional e a busca por justiça são essenciais para esclarecer os acontecimentos e evitar impunidades.

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