STJ determina prisão de amigo de Robinho por estupro coletivo na Itália; mandado deve ser emitido em breve

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão crucial nesta quarta-feira (5) ao determinar que Ricardo Falco, amigo do ex-jogador Robinho, deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão pelo crime de estupro coletivo cometido na Itália. Essa resolução implica que um mandado de prisão será emitido em breve, acarretando em consequências sérias para o condenado.

Falco e Robinho foram ambos condenados no mesmo processo na Itália, relacionado a um incidente de estupro em uma boate em Milão, datado de 2013. Esta decisão veio após o STJ já ter homologado a pena de Robinho e ordenado sua prisão, resultando no ex-jogador atualmente detido no presídio de Tremembé, em São Paulo.

Durante a sessão desta quarta-feira, a maioria dos votos na Corte Especial do STJ reiterou o entendimento estabelecido no caso de Robinho, validando também a condenação de Falco. Vale ressaltar que a Itália havia solicitado a extradição dos acusados, porém, a Constituição brasileira impede a extradição de cidadãos natos, levando a uma solicitação de transferência da sentença para o Brasil por parte da representação diplomática italiana.

No entanto, a advogada Lorena Machado do Nascimento argumentou durante o julgamento que a transferência da pena de Falco não pode ser executada em situações que envolvem brasileiros natos, citando a legislação brasileira como referência. Ela reforçou que o pedido de homologação realizado pelo governo da República da Itália carece de base legal mínima e solicitou o arquivamento do caso.

Essa decisão do STJ coloca em evidência a importância do cumprimento da lei e da aplicação da justiça, independentemente do status ou da nacionalidade dos envolvidos. Com a determinação do cumprimento da pena de Ricardo Falco, o sistema judiciário demonstra seu compromisso em garantir que criminosos respondam por seus atos, mesmo que seja em outro país.

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