Mark Clampin, diretor da divisão de astrofísica da agência espacial americana, afirmou que, após uma série de testes e considerações, a decisão foi tomada de fazer a transição do Hubble para operar com apenas um dos três giroscópios restantes. O outro será mantido como reserva para possíveis usos futuros.
Essa transição, que está prevista para ser concluída até meados de junho, reduzirá a eficiência do Hubble em fazer observações científicas em 12%, passando de 85 órbitas semanais para 74. No entanto, mesmo operando dessa forma, o telescópio ainda será capaz de observar o céu noturno ao longo do próximo ano.
Segundo Patrick Crouse, gerente de projeto da missão do telescópio, o Hubble não poderá rastrear objetos que estejam mais próximos do que o planeta Marte, mas tais alvos são raros. A Nasa projeta que há mais de 70% de chance de operação com essa configuração até 2035.
O Telescópio Hubble, que foi batizado em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble, foi lançado em 1990 e opera a aproximadamente 515 quilômetros acima da Terra. Durante um período de 16 anos, entre 1993 e 2009, o Hubble recebeu visitas de astronautas em cinco missões de reparo.
No entanto, agora, o futuro do telescópio espacial parece ser mais modesto, conforme a Nasa planeja encerrar suas operações ou desorbitá-lo com segurança ao final de sua vida funcional. Mesmo com as limitações impostas pela aposentadoria iminente, o Hubble deixou um legado duradouro e significativo para a astronomia, que certamente será lembrado e estudado por anos após o término de suas operações.
