Viúva de Bruno Pereira, assassinado com jornalista no Vale do Javari, defende importância dos povos indígenas para proteção da Amazônia.

A entrevista concedida pela viúva do indigenista Bruno Pereira, Beatriz Matos, à TV Brasil, trouxe à tona a importância do trabalho do indigenista e a luta pelos direitos dos povos indígenas, especialmente os povos isolados, na preservação da floresta e da biodiversidade brasileira. O assassinato de Bruno há dois anos, juntamente com o jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, na Amazônia, foi um marco que despertou a atenção da sociedade para essa questão.

Beatriz relatou a angústia vivida pela família durante os 10 dias de desaparecimento dos profissionais e a falta de apoio das autoridades no processo de busca e confirmação das mortes. No entanto, com a virada do governo em 2023, surge a esperança de reparação às famílias e uma nova abordagem na proteção dos povos indígenas e do meio ambiente.

A diretora de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato do Ministério dos Povos Indígenas ressaltou a importância de esclarecer que os povos isolados já tiveram contato com não indígenas e optaram por se manterem afastados devido a situações de violência e doenças. Ela enfatizou a política de respeito ao direito à recusa ao contato adotada pelo Estado brasileiro para garantir a preservação desses povos.

Além disso, Beatriz destacou a relevância dos povos indígenas na preservação do meio ambiente, evidenciando que as áreas sob proteção indígena apresentam menor devastação em comparação com outras regiões. Ela ressaltou a necessidade de valorizar e cuidar das culturas indígenas para garantir a sobrevivência desses povos e a preservação da biodiversidade.

Apesar dos avanços conquistados, Beatriz alertou para os desafios permanentes na proteção dos territórios indígenas e na preservação do meio ambiente. Ela ressaltou a importância de fortalecer as políticas ambientais e indigenistas e a necessidade de uma atuação constante e contínua nesse sentido. A memória do trabalho de Bruno e Dom serve como exemplo e inspiração para continuar a luta em defesa dos povos indígenas e da Amazônia.

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