Dom Phillips planejava escrever um livro reportagem intitulado “Como Salvar a Amazônia” e se encontrou com Bruno em Atalaia do Norte (AM) em junho de 2022. Bruno, experiente indigenista, havia se licenciado da Funai em 2020 devido a discordâncias com as novas orientações da política nacional indigenista e atuava como consultor técnico da Univaja.
A dupla foi vista pela última vez em 5 de junho de 2022 e seus corpos só foram encontrados em 15 de junho, com suspeitos do crime já detidos. Beatriz relembra o sofrimento da família durante os 10 dias em que estavam desaparecidos e a falta de apoio no processo de busca e confirmação das mortes.
Beatriz destacou a importância de esclarecer a falsa ideia de que os povos isolados nunca tiveram contato com não indígenas, enfatizando que muitos já tiveram relações, mas optaram por se isolar devido a traumas e violências passadas. Ela ressaltou a necessidade de políticas de proteção dos territórios ocupados por esses povos.
Com a crescente preocupação com as mudanças climáticas, Beatriz apontou a relevância dos povos indígenas na preservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos negativos. Ela elogiou o compromisso do governo federal com a defesa dos povos indígenas e do meio ambiente, mas ressaltou a importância de avançar mais nessas questões.
A entrevista de Beatriz abordou ainda os desafios enfrentados na proteção dos territórios indígenas e a constante pressão de interesses contrários à preservação ambiental. Ela reforçou a importância de lembrar e valorizar o trabalho de pessoas como Bruno e Dom, que dedicaram suas vidas à causa indigenista e ambiental.