Alerta de Cheias na Amazônia: Probabilidades baixas confirmadas para rios Negro, Solimões e Amazonas, aponta Serviço Geológico do Brasil.

Recentemente, foi realizado o 3º Alerta de Cheias do Amazonas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), que trouxe informações animadoras em relação às probabilidades de cheias severas nos rios Negro, Solimões e Amazonas. Esse alerta é o último do período de cheias da região, que teve início em outubro de 2023 e se estenderá até agosto de 2024.

De acordo com os dados da Rede Hidrometeorológica Nacional, que reúne informações dos sistemas de alerta de diversas cidades da região, incluindo Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, a previsão aponta baixa probabilidade de cheias severas. Nesta região, onde vivem cerca de 8 milhões de pessoas distribuídas em 84 cidades, a atenção é crucial durante o período das cheias.

Em Manaus, a previsão da média de cheia é de 26,88 metros, ficando abaixo da cota de alerta de 27 metros. Já na região metropolitana, monitorada pelo sistema de Manacapuru, a cota média é de 17,79 metros, com máxima de 18,22 metros, um pouco acima da cota de alerta. Em Itacoatiara, a previsão média é de 12,40 metros, com a máxima em 12,64 metros, abaixo da normalidade, enquanto em Parintins a média ficou em 7,17 metros, bastante distante da cota de alerta de 8 metros.

Os especialistas destacam que o trimestre de junho a agosto terá previsão de chuvas dentro da normalidade, com um alerta de baixos volumes para a parte sul da bacia do Amazonas e chuvas acima da média apenas no extremo norte. Este cenário é resultado da estação chuvosa ter começado durante a atuação do El Niño e com um aquecimento atípico do Oceano Atlântico Tropical Norte, o que influenciou a redução significativa do volume de água na região.

Embora haja uma perspectiva de atuação do La Niña que favorecerá chuvas para a região, isso só deve acontecer no início da próxima estação chuvosa, a partir de outubro. Portanto, as autoridades alertam para a importância de se preparar para o período de vazante, que é quando os baixos volumes de chuva podem afetar o abastecimento das cidades dependentes do transporte fluvial.

Neste sentido, a pesquisadora Jussara Cury ressalta a importância de estar atento para as regiões que demandam cuidados especiais, como o Rio Madeira, em Porto Velho, e Itacoatiara, onde as previsões indicam tendência de queda nos volumes de chuvas. É necessário monitorar de perto essas regiões para garantir a segurança e bem-estar das comunidades locais durante o período crítico de vazante.

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