Brasil e China celebram parceria comercial de sucesso, resultando em crescimento de 17 vezes em duas décadas, alcançando US$ 157 bilhões

Em uma coletiva de imprensa realizada durante a madrugada desta sexta-feira (7) em Pequim, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, celebrou a robustez da parceria comercial entre o Brasil e a China, que registrou um crescimento de 17 vezes nos últimos vinte anos, atingindo a marca de US$ 157 bilhões. Para Alckmin, esses números representam não apenas dados econômicos, mas também a geração de empregos e o aumento da renda para os brasileiros.

Durante a VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban), o vice-presidente ressaltou a importância dos investimentos mútuos entre os dois países. Enquanto a China compra uma variedade de produtos brasileiros, como soja, minério de ferro, petróleo, carnes e açúcares, empresas brasileiras como Embraer, Vale, Suzano e Marcopolo têm presença no mercado chinês. Além disso, ele mencionou que companhias automobilísticas chinesas como BYD e GWM estão expandindo suas operações para o Brasil.

Durante a Cosban deste ano, presidida pelo vice-presidente chinês Han Zheng, foram anunciadas diversas novidades, como a abertura do mercado chinês para a noz-pecã brasileira, a aprovação do protocolo sanitário para uva e gergelim, além de um acordo de exportação de café no valor de US$ 500 milhões para a rede Luckin Coffee. Na área da pecuária, 42 frigoríficos brasileiros foram habilitados a exportar para a China, impulsionando o comércio de carne bovina, suína e aves.

No campo da saúde, a parceria entre a Sinovac e a Fiocruz para desenvolvimento de terapias celulares e vacinas foi destacada como um avanço para o complexo industrial da saúde brasileiro. Alckmin também mencionou os investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui projetos como a rota bioceânica, visando estimular o comércio entre Brasil, China e Peru.

Sobre a reconstrução após a catástrofe climática no Rio Grande do Sul, Alckmin expressou confiança no potencial de recuperação da região. Quanto ao tema de desburocratização e apoio aos pequenos exportadores, o vice-presidente mencionou iniciativas como a licença Flex, que agiliza o processo de importação na alfândega.

No final da coletiva, Alckmin reforçou o compromisso do Brasil com o livre mercado e o multilateralismo, destacando a importância de parcerias comerciais com outros países e blocos econômicos. Ele também ressaltou a necessidade de investigações e ações em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio em casos de práticas desleais, como o dumping.