A metodologia da pesquisa envolveu os tutores dos cães escolhendo cinco objetos familiares para os animais, como brinquedos. Em seguida, os cães ouviram o nome desses objetos, às vezes correspondentes e outras vezes não, enquanto os tutores mostravam os objetos. Durante esse processo, os pesquisadores utilizaram eletroencefalografia (EEG) para monitorar a atividade cerebral dos cães e observar suas reações.
Os resultados surpreenderam os pesquisadores, pois mostraram que os cães agiram de forma responsiva aos objetos mencionados, apresentando um funcionamento cerebral semelhante ao humano. Segundo o estudo, os cães demonstraram expectativas semânticas em relação aos objetos, independentemente do tamanho do vocabulário, evidenciando a compreensão referencial desses animais.
Além disso, uma pesquisa anterior realizada pela Universidade de Dalhousie, no Canadá, já havia sugerido que os cães são capazes de compreender até 89 palavras diferentes. Esse crescente interesse em estudar a capacidade cognitiva dos cães tem revelado novas perspectivas sobre a inteligência animal e a comunicação interespécies.
Portanto, esses estudos fornecem insights valiosos sobre a forma como os animais processam as informações verbais e reforçam a ideia de que a comunicação entre humanos e cães pode ser mais complexa do que se imaginava. A pesquisa da Universidade Eötvös Loránd abre novas oportunidades para investigações futuras sobre a linguagem e a cognição dos animais, ampliando nosso entendimento sobre a relação entre humanos e seus companheiros caninos.
